
Alunos testam armadilha que ajuda a controlar cigarra em cafezais
A atividade, realizada no pátio do setor de Mecanização, foi coordenada pelo técnico-administrativo Altieres de Paula Ruela e teve a participação do professor José Marcos Angélico Mendonça. O docente explicou que a cigarra é uma das pragas mais comuns nas plantações de café do Sul de Minas. Antes de se tornar adulta, em sua fase ninfa, ela se instala no sistema radicular da planta e, para se desenvolver, suga a seiva elaborada, provocando um processo de depauperamento precoce do cafeeiro. “Depois que a praga se aloja no sistema radicular, ela sobe até a superfície, fixa na casca do pé de café ou outra árvore, e dali sai a cigarra adulta”, diz.
Para fazer a máquina funcionar, é preciso ligá-la na bateria no próprio veículo. Para o trabalho de um dia, são necessários 20 litros d´água e 200 mililitros de inseticida. A quantidade é suficiente para atingir uma área de aproximadamente 100 hectares. Na demonstração feita com os alunos do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho, apenas água foi colocada no equipamento. A armadilha possui uma lona que impede o contato do inseticida com o solo. De acordo com José Eduardo, o equipamento foi desenvolvido após um estudo de 10 anos e chegou recentemente ao Sul de Minas.
Em geral, o ciclo de vida da cigarra pode durar de 1 a 3 anos. No entanto, a fêmea adulta tem poucos dias de vida. Mas é nesse período que a reprodução da espécie pode ser interrompida sem o uso de defensivos agrícolas na plantação. Estima-se, em média, que o cafeeiro suporte em torno de 30 a 35 ninfas (da cigarra encontrada no Sul de Minas) em seu sistema radicular. Acima desse limite, a planta começa a sentir a praga, iniciando o processo de depauperamento.